Certeza gélida


Desse tempo que já passou,
não posso tocar o que ficou.
Do que ficou desse tempo
não quero um sentir desatento,
cuido pra que não perca o respeito
e finjo uma leveza no pesar da minha curiosidade.

Espreito...

Não posso jamais negar submissão,
o tempopassadotempo
me deixa memorias e certeza
no chá da tarde mais quente.
Noto que a mala esteve sempre pronta, ao meu lado, anonimamente...







"Então julguei ver nos olhos dela um brilho fugitivo de lágrima muitas vezes contida"

Caio F. Abreu

3 comentários:

Raísa Feitosa disse...

''Noto que a mala esteve sempre pronta, ao meu lado, anonimamente...''

nossa.. tem momentos que a poesia nos ganha, pois nos faz sentir perdidos. quase pegos no flagra, as vezes por nós mesmos, as vezes pelo autor e, principalmente, quando os três são pegos no flagra, autor, leitor e a poesia, se consumindo por dentro em sua dor de palavra sentida.

beijo grande

Renata Santana disse...

Que lindo, muito lindo!

Fred Caju disse...

Interessante. Palavras interessantes.