Andando na própria lei
Obedecendo as regras plásticas
E na abrupta falta do que fazer
A brusca busca
De ser a moral imposta.
Eu: vitima de outro eu,
Ser arrancado de mim,
Padronizado pelo pré conceito,
Sou números e ecos de memória
Meu olhar não tem mais historia.
Sou saudade do que não me lembro mais
Fragmentos caleidoscópicos
De uma vida que não importa
Sou o som da máquina que bate o cartão
Todos os dias pontualmente.
Sou mãos atadas, fantoche triste.
Sou o medo de morrer, a vontade de viver...
Do lado de cá não tem acesso,
Ainda que me chamem pelo nome,
A janela some junto com o buraco no espelho
E agora tenho que ficar aqui
E agora tenho que fingir.
Choro o choro mais sincero e desesperado.
Sou vida interrompida como quem cai do telhado
E a saudade e o arrependimento de quem me viu como objeto,
Sou um cheiro, uns sinais, um silencio, um falso dialeto,
E a triste amargura de um sorriso que leva na certeza
Uma pergunta: Como era mesmo que você me olhava
Quando ainda me via?
3 comentários:
Andando na própria lei...
Muito bom. =D
E, grata pela visita!
Talvez não fosse você a vista.
Putz! num me fale em som de máquina batendo o cartão, nãaaao!!!
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